Minha história com a depressão

 No post sobre emagrecimento aqui falei rápido sobre a depressão que me afetou, como o post não era sobre isso falei pouco, mas nesse estarei falando sobre a doença e também vou contar minha história com ela.

Fonte imagem: Tumblr

Um pouco sobre a depressão

 A depressão é uma doença que atinge pelo menos 350 milhões pessoas no mundo, e infelizmente o número de mortes cresceu 705% em 16 anos.
 Há alguns anos muita gente chamava a depressão de frescura, mas os números vem aumentando tanto que felizmente uma boa parte começou a rever seus conceitos sobre a doença. Quanto mais pessoas levarem e tratarem a depressão como doença e não como frescura, mais ajuda e entendimento teremos sobre ela.
 Muitos fatores ou nenhum pode contribuir para que um indivíduo tenha depressão, pode ser pela perda de um ente querido, um amor, problemas financeiros...ou as vezes a pessoa está com depressão e não sabe exatamente o motivo.
 A pessoa com depressão precisa ter seus limites respeitados, alguns gostam de companhia, outros preferem a solidão, mesmo os que preferem a solidão precisam muito de afeto, apoio, pessoas que o fazem bem.

Sintomas da depressão

• Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
• Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
• Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
• Desinteresse, falta de motivação e apatia
• Falta de vontade e indecisão
• Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
• Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
• A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
• Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
• Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
• Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
• Perda ou aumento do apetite e do peso
• Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
• Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Fonte: Minha Vida

Alerta! Se você ou alguém próximo estiver com um ou mais sintomas fique atento e procure ajuda.

Minha história 

 A minha história com a doença é longa, não sei dizer exatamente quando e o motivo.

 Comecei a sentir uma angústia o tempo todo, choro sem motivo, um nó na garganta contínuo, problemas com sono, vezes dormindo muito, outras com insônia que me deixava 2 dias sem dormir.

 Aos poucos fui me fechando muito, comecei a não querer atender telefone, me escondia quando via alguém conhecido na rua, fui inventando desculpas para não sair com amigos e deixei de ir em eventos de família. 

 Sempre gostei de sair e me divertir, mas não entendia o motivo de eu não querer fazer essas coisas, comecei a reparar que minha relação com a comida ficou diferente, sempre gostei de comer, mas reparei que eu estava tentando suprir alguma falta com comida, por conta disso engordei e me tornei uma pessoa sedentária. O fato de engordar piorou muito a minha situação, fiquei sem vontade de me olhar no espelho, sempre fui magra, não conseguia me aceitar daquele jeito.

 Tentei me levantar muitas vezes e não conseguia, é como se algo me puxasse, mas fui convivendo com a doença. 

  Chegou uma hora que eu tomei coragem e decidi que iria luar contra ela, então comecei a cuidar da minha alimentação, procurei ajuda, aos poucos estou abandonando hábitos que não colaboram com a depressão, comecei a praticar exercícios, aos poucos vou começando a me aproximar de novo das pessoas. Comecei a me apaixonar por mim de novo. 

 Eu sei dizer que já se passaram uns 5 anos que convivo com a depressão, hoje em dia consigo conviver com ela, tenho dias péssimos e outros nem tanto, mas aos poucos estou conseguindo me levantar, sinto que a fase hard da doença deu uma acalmada.

Se você conhece alguém que está com depressão ou sintomas dela acho interessante ler 23 coisas que você não deveria dizer para alguém com depressão

Essa foi minha história, quis abreviar um pouco, não falo muito sobre o assunto, na verdade essa foi a primeira vez que tive coragem de me abrir sobre a minha depressão.

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Beijos!